sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cordel do Dalton


Neste final de ano recebi um grande presente de Natal de minha tia Iracema, escritora, poetisa, contista, jornalista, crítica literária, e por aí vai... Ela escreveu um cordel sobre o nascimento de meu filho, Dalton, e o publicou aqui, em Fortaleza. O texto ficou excelente e encheu-nos de emoção e orgulho. Segue abaixo um pouco do texto:

Novembro deu Aristides
no ano de trinta e sete;
a Suzaninha nasceu
no mesmo mês, dia sete;
Dona Júlia e Sir Dehon
não pisaram em falsete.

Há muito eles sonhavam
com essa concepção,
mas as forças do além
numa tal conspiração,
só retomaram o tema
em outra ocasião.

O assunto resolveu-se
em noite de lua cheia,
quando tudo acontece:
o que é branco não mareia
e os cavalos da noite
saem todos em peleia.

Enquanto todos dormiam
(pelo menos, acredito)
as tais forças reunidas
traçaram o veredicto:
faça o que não se fez,
inscreva o não inscrito.

Passado aquele instante
a família enobreceu:
Júlia, só felicidade,
boa vinda concebeu;
confessando a Dehon
aguardar um filho seu.

O mesmo chegou no dia
onze do mês de novembro;
Judite deu a notícia
a todos, do novo membro,
que felizemente verei
neste próximo dezembro.

Filho de Dehon Charles
(um exímio leitor)
e da professora Júlia
(cheia de mérito e candor),
Dalton já veio ao mundo
com nome de escritor.

E assim prossegue... Chegar ao mundo já como protagonista de um livro é privilégio para poucos - compartilhado com o primo Yvens - e talvez seja um indício de que ele também será apaixonado pela palavra escrita. Só o futuro poderá dizer...

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